Chegamos ao final de mais um ano escolar. Nos próximos dias, milhares de professores que, diariamente, se dedicaram a mudar trajetórias e a traçar caminhos possíveis para seus estudantes poderão, enfim, ficar em casa e descansar.
Ao final de um ano inteiro de trabalho, é comum que a sensação que permaneça seja a de que ainda faltou algo a ser feito. Como se sempre houvesse uma lacuna, um conteúdo, uma estratégia que poderia ter sido melhor. Acontece que estamos muito acostumados a valorizar a falta. E talvez seja urgente aprender a valorizar os feitos.
Por isso, te convido a uma pequena reflexão.
Quantos estudantes avançaram ao longo do ano, ainda que não do modo ou no tempo que você havia imaginado? Quantas noites você perdeu o sono pensando em como fazer com que sua turma, ou aquele estudante específico, pudesse avançar na aprendizagem? Quantas atividades você planejou, replanejou e adaptou para dar conta da realidade concreta que se apresentava todos os dias?
Quantas conversas difíceis você precisou enfrentar para sustentar um caminho pedagógico em que acreditava? E quantas vezes foi necessário recuar, escutar mais, rever certezas e aprender junto?
Essas perguntas não são para cobrar. São para lembrar. Porque ensinar não é um percurso linear. É feito de tentativas, de ajustes, de escolhas diárias que raramente aparecem nos registros formais, mas que sustentam a vida da escola.
Se hoje há cansaço, ele não é sinal de fracasso. É marca de quem esteve inteiro no que fez. O descanso que chega agora não apaga o ano vivido, ele o honra.
Que neste tempo de pausa seja possível reconhecer o que foi construído, mesmo em meio às imperfeições. Porque houve ensino. Houve cuidado. Houve presença.
E isso também conta.
Até breve!



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